Apesar do forte cenário de incerteza, devido à pandemia da COVID-19, o ano de 2020 também foi palco para uma das maiores altas já registradas pela balança comercial brasileira. Com um superávit de U$ 50,995 bilhões – o terceiro maior salto já registrado desde o início da série histórica, em 1989 – o ano apresentou um somatório de US$ 209,921 bilhões para as exportações brasileiras, enquanto as importações somaram US$ 158,926 bilhões, sendo o superávit classificado a partir do sucesso das exportações com relação às importações.
Dentre os motivos para o sucesso das exportações de 2020, o aumento do dólar e da demanda por parte de países, como a China, foram os que mais apresentaram impacto no resultado final na balança comercial brasileira. Com a moeda americana beirando os 6 reais e o aumento da participação do mercado asiático nas exportações brasileiras, batendo 47,3% – quase 6% a mais do que no ano anterior – o comércio internacional se mostrou favorável para aqueles que exercem a atividade de levar seus produtos para o exterior.
“A forte resiliência das exportações brasileiras foi muito influenciada pelo ritmo de recuperação da região asiática”, explicou o secretário de comércio exterior, Lucas Ferraz.
Deste modo, confira a seguir quais foram os principais destinos das exportações de 2020:
China
Mesmo com a diminuição dos níveis do comércio internacional, em decorrência da pandemia da COVID-19, as exportações para a Ásia apresentaram um aumento de 15,5%, dos quais 11,3% foram direcionados para a China.
Parceiros comerciais de longa data, a China atualmente é o maior parceiro comercial do Brasil, que por sua vez, vem correspondendo rapidamente o aumento de demanda de alimentos e commodities do país asiático.
Com a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, e a nova tributação chinesa sobre os produtos agrícolas americanos, o Brasil passou a ser o maior exportador de soja para a China, registrando a marca de 16,3 milhões de toneladas, com um faturamento de US$ 5,5 bilhões.
Além da soja, outros produtos que também ganharam destaque nas exportações para a China, em 2020, foram: a carne suína, carne bovina, óleos combustíveis, algodão bruto, minério de cobre, entre outros.
Estados Unidos
Mesmo com o pior nível de comércio dos últimos 11 anos, os Estados Unidos continuam como o segundo colocado na lista dos países que mais receberam as exportações brasileiras em 2020. Devido às medidas de protecionismo comercial, somadas ao impacto econômico gerado pela pandemia, a comercialização do Brasil com os Estados Unidos sofreu uma contração de 31%, registrando um déficit de US$ 3 bilhões para o Brasil, na balança comercial.
Dentre os produtos nacionais recebidos pelos os Estados Unidos, estão:
- Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço: com 9% de participação nas exportações e um faturamento de US$ 1,71 bilhão;
- Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes: com 6,2% de participação nas exportações e um faturamento de US$ 1,18 bilhão;
- Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus: com participação de 5,8% nas exportações e um faturamento de US$ 1,1 bilhão;
- Celulose: com participação de 4,6% nas exportações e um faturamento de US$ 883 milhões;
- Café não torrado: com participação de 4,3% nas exportações e um faturamento de US$ 819 milhões.
Países Baixos
Sendo um dos principais parceiros comerciais do Brasil, durante os 6 primeiros meses de 2020, as exportações para os países baixos apresentaram um rendimento de US$ 647 milhões, uma queda de 30,9% com relação ao mesmo período do ano anterior.
Dentre os setores que mais se destacaram nesta relação comercial, a indústria de transformação, agropecuária e indústria extrativa ganharam um destaque especial durante o ano de 2020. Durante o ano, os produtos que mais tiveram relevância na comercialização, foram:
- Óleos combustíveis de petróleo ou minerais betuminosos (exceto óleos brutos): com 38% de participação nas exportações e um faturamento de US$ 811 milhões;
- Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos): com 7,1% de participação nas exportações e um faturamento de US$ 151,4 milhões;
- Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes: com 6,1% de participação nas exportações e um faturamento de US$ 130 milhões;
- Demais produtos – Indústria de Transformação: com 4,5% de participação nas exportações e um faturamento de US$ 97 milhões;
- Gás natural, liquefeito ou não: com 3,2% de participação nas exportações e um faturamento de US$ 67,7 milhões;
Oportunidades para 2021
De acordo com a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), as exportações brasileiras devem apresentar um crescimento de 13,7% em 2021.
Conforme a AEB, essas projeções para 2021 foram feitas com base nas expectativas de que haverá uma retomada do crescimento das atividades econômicas, a partir do início das vacinações contra a COVID-19.
Com isto, as commodities e a indústria agro brasileira deverão continuar apresentando uma posição de destaque no cenário internacional, apresentando uma perspectiva de crescimento de 23%.
Como a XPORT pode te ajudar
Caso você, leitor, esteja interessado em atravessar fronteiras com o seu negócio em 2021, saiba que ter um bom planejamento, além de conhecer os hábitos de consumo dos países desejados, bem como todo o passo a passo burocrático para a exportação, são essenciais para diminuir os riscos ligados ao processo de exportação e se consolidar como uma opção entre os principais importadores deste produto brasileiro.
Pensando nisso, a XPORT Jr., empresa especializada em soluções internacionais, oferece serviços de análise de mercado internacional, planejamento de exportação e prospecção de mercados, para que você possa iniciar seu processo de exportação de uma forma mais segura e efetiva.
Caso tenha interesse ou para quaisquer dúvidas, entre em contato conosco. Estamos à sua disposição!