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Certificado Halal: O que Pode Impactar a Sua Exportação?

O Que é? Como funciona? Qual seu objetivo? Quais seus benefícios? Por que meu produto deve ter? Quem pode solicitar? Qual seu impacto na minha exportação? Como obter? Enfim, conhecendo ou não, essas são apenas algumas das principais dúvidas que surgem ou deveriam surgir ao se deparar com o assunto a respeito do certificado halal.

Afinal de contas, esse certificado funciona como uma chave de acesso a todo um mercado em ascensão, o mercado de consumo muçulmano. As oportunidades de exportação no mundo árabe, entretanto, o mercado muçulmano ultrapassa as fronteiras dessas nações e se estende por diversos países e continentes, trazendo consigo diversas oportunidades. No entanto, para saber como isso afeta a sua exportação, precisamos entender sobre o certificado halal. E é sobre isso que se trata este artigo.

Mas, Primeiramente, Qual o Potencial Exportador Dos Produtos Com o Certificado Halal e Qual a Relação Dos Principais Países Importadores Halal Com o Brasil?

Um relatório realizado em 2014 pelo governo de Dubai estimou que o valor do mercado halal está entre 1.37 trilhões de dólares.

De acordo com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, as exportações brasileiras de carnes de frango halal para países árabes aumentaram 418% nos últimos 15 anos – pulando de US$ 706 milhões em 2003 para US$ 3,65 bilhões em 2017. Hoje, o Brasil é de longe o principal fornecedor de proteína animal halal para o mundo árabe, tendo suprido 51,9% dessa demanda em 2017, segundo dados do Centro de Comércio Internacional (ITC).

Ainda em 2009 foi feito um estudo pelo Pew Research Center, um centro de pesquisas não governamental, junto com o banco mundial, que visava mapear e quantificar a distribuição da população muçulmana no mundo.

Pew Research Center interior como centro de pesquisa a certificação Halal

O estudo envolveu uma análise de mais de 200 países, com o qual foi possível concluir que há mais de 1.57 bilhões de muçulmanos vivendo no mundo hoje, o que representa um total de 23% da população mundial daquela época. Eles podem ser encontrados em todos os 5 continentes habitáveis, no entanto, mais de 60% deles vive na Ásia, enquanto 20% estão no Oriente Médio e no norte da África. Porém, o Oriente Médio tem uma porcentagem maior de países com maioria muçulmana.

Alguns dos países que compreendem essa lista são: A Indonésia com seus 202.867.000 de habitantes muçulmanos, o que configura 82% da população local. Outro país dessa lista é o Paquistão com 174.082.000 muçulmanos, o que corresponde a 96.3% da população.

Nessa lista há, também, a Índia com 160.945.000 e o Egito com 78.513.000, o que corresponde a 94% da população. Além disso, alguns países ocidentais com grande quantidade de seguidores do islamismo são: A Alemanha com 4.026.000 muçulmanos, a Rússia com 16.482.000 e os Estados Unidos com 2.454.000.

Enfim, Suas Definições, Seus Preceitos e a Origem Do Certificado Halal

A palavra halal tem sua origem na língua árabe, onde significa permitido ou lícito, oposto ao haram, que significa ilícito ou proibido. Ou seja, o Certificado halal é uma lei do xaria e do alcorão que regulariza, com base nos valores e princípios da religião, o consumo de alguns produtos para o uso dos professantes da fé islâmica.

Alguns dos critérios para ser considerado halal são a não presença de produtos que contenham carne suína, carne de cachorro, insetos, bebidas alcoólicas, presenças de algum insumo de origem humana ou qualquer tipo de drogas. Isto vale para comidas, mas lembre-se que também se aplicam na confecção de roupas, cosméticos, medicamentos e mais. Alguns produtos que também se submetem a inspeção para obter o certificado halal são: produtos lácteos, doces, biscoitos, comidas prontas e massas.

Os tipos de carnes mais consumidas pelos muçulmanos são em sua maioria a carne de vaca e a carne de frango, no entanto, ainda assim, o consumo somente será autorizado caso o animal seja propositalmente abatido em nome de Alláh e deve ser feito manualmente, sem máquinas.

O animal deve ser degolado com uma faca bem afiada enquanto o abatedor profere as frases: “Bismillah Allahu Akbar” ou “Em nome de Deus, Deus é maior!”, o corte deve ser em formato de meia lua e em direção a meca e o sangue deve ser totalmente drenado, pois é ilícito o consumo de qualquer tipo de sangue.

O abatedor precisa, também, ter no coração o sentimento de que está fazendo o abate halal para alimentar uma pessoa, e não está matando para fazer o animal sofrer ou por maldade. O golpe precisa ser rápido e certeiro, cortando as veias jugulares de uma vez, causando a morte instantânea.

Alguns exemplos de produtos naturalmente halal são frutas e vegetais. No entanto, na composição, seus aditivos e conservantes são levados em consideração. Lembre-se que para obter o certificado halal, o produto halal não pode ser fabricado ou transportado junto com produtos que não sejam.

Essa regulamentação existe há mais de 1.400 anos, contudo, está conseguindo um destaque maior nos últimos anos. O certificado, ainda que baseado na religião, ultimamente tem se transformado, também, num movimento de marketing de aceitação da cultura islâmica e em um selo de qualidade e procedência.

Por fim, este certificado é emitido por uma instituição certificadora halal que é devidamente reconhecida pelos países islâmicos, para a comprovação de que o produto está de acordo com os pré-requisitos legais anteriormente citados.

XPORT Jr. Consultoria e Suporte Internacional

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